Testemunhos de dadores de medula óssea
Nesta página apresentamos vários testemunhos que nos foram chegando de pessoas que derem um pouco de si. Todo o conteúdo aqui apresentado tem a devida autorização das pessoas e retiramos o nome para proteger a sua privacidade.
Testemunho em forma de vídeo:
Testemunho de doação de medula óssea
Testemunho de doação de medula óssea 2
Testemunho de doação de medula óssea 3
Testemunho de doação de medula óssea 4
Testemunho de doação de medula óssea 5
Testemunho em forma de texto:
O que levou a querer registar-se como dador?
Em 2009 uma amiga levou-me a um posto de colheita inserido numa campanha de solidariedade por causa de uma criança que precisava.
Voltaria a doar?
Claro que sim!
Como foi a experiência?
Foi um processo simples:
– Após o primeiro contacto agendei para um hospital perto de onde estava (eu estava de férias fora do meu local de residência) uma recolha de amostras de sangue para se comprovar a compatibilidade e onde também me explicaram o processo de recolha de células da medula: seria por aférese.
– Passado umas semanas fui acompanhado por alguém do CEDACE ao IPO para assuntos burocráticos, outros exames (raio X, amostras de sangue, etc) e onde me explicaram o processo todo novamente.
– Agendou-se o dia de recolha e uns dias antes entregaram-me o kit de injeções de fatores de crescimento. Perguntaram se optava por agendar idas ao centro de saúde para administrar essas injeções ou se eu as administrava a mim próprio. Optei pela segunda. Ensinaram-me a realizar esse procedimento.
– Nos dias que antecederam a doação iniciei o processo de injeções de factores de crescimento. Fiz a vida normal e tive como efeitos secundários (derivado de ter um fluxo de corrente sanguínea com o maior volume por causa da medula estar a produzir mais células estaminais) somente mialgias e dores de cabeça que davam a sensação estar a “chocar” uma gripe. Para isso foi-me indicado tomar paracetamol ou Dol-u-ron.
O que sentiu quando lhe ligaram a dizer que teve compatibilidade com alguém?
Foi passado dez anos e confesso que já nem me lembrava da inscrição no banco de dadores. Quando percebi que era do CEDACE disse que obviamente mantinha a minha disponibilidade… se havia uma pessoa cuja vida dependia das minhas células não havia outra resposta a dar… mesmo que isso implicasse algum desconforto por via do processo de recolha… esse desconforto nunca seria comparável às consequências de outra opção.
Alguma mensagem que gostaria de passar a quem está em dúvida em ser dador?
Não há que ter dúvida alguma… ponha-se no lugar do receptor, se era a sua vida a depender de alguém, ou, se fosse o caso, no lugar dos pais do receptor… ser um filho seu que precisava dessas células. Doar medula é uma não questão quando surge alguém compatível. Não tem que se colocar em dúvida o acto de doar medula quando surge alguém compatível.